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Símbolo da arqueologia no Brasil, Niède Guidon morre aos 92 anos

Guidon dedicou mais de 50 anos ao estudo da região da Serra da Capivara, no Piauí.

A arqueóloga Niède Guidon faleceu na madrugada desta quarta-feira (4), aos 92 anos, em São Raimundo Nonato. Reconhecida como uma das maiores pesquisadoras da arqueologia no Brasil, Guidon dedicou mais de 50 anos ao estudo da região da Serra da Capivara, no Piauí, onde liderou escavações que revolucionaram as teorias sobre o povoamento das Américas.

Niède foi pioneira ao defender que a presença humana no continente americano poderia ter ocorrido há mais de 50 mil anos — muito antes do que indicavam as teorias tradicionais, que apontavam uma ocupação mais recente.

Foto: Reprodução/InstagramNiède Guidon morre aos 92 anos
Niède Guidon morre aos 92 anos

Suas pesquisas ganharam destaque internacional e provocaram intensos debates na comunidade científica, colocando o Brasil no centro das discussões sobre a pré-história das Américas.

O velório deverá ocorrer no Museu do Homem Americano ou no Centro Cultural da cidade e o corpo será enterrado no jardim de sua residência, como era o seu desejo.

Quem era Niède Guidon

Niède Guidon nasceu em Jaú, interior de São Paulo, filha de pai francês e mãe brasileira. Formou-se em história natural na Universidade de São Paulo em 1959. Estudou arqueologia em 1975, durante o doutorado na Sorbonne, em Paris, depois de “descobrir” as maravilhosas pinturas rupestres daquela terra seca do sul piauiense. Hoje, o parque soma 135 mil hectares nos municípios de Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato, e concentra 1.354 sítios arqueológicos catalogados, sendo 183 preparados para a visitação turística. É a maior concentração de vestígios ancestrais do mundo, o que fez com que o parque fosse reconhecido como patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco em 1991.

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