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Internacional

Presidente Lula já se reuniu com ao menos 20 líderes autoritários durante seu terceiro mandato

Entre os nomes mais frequentes estão o líder chinês Xi Jinping e o ditador cubano Miguel Díaz-Canel.

Apesar de ter sido eleito com um discurso voltado à defesa da democracia e dos direitos humanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se encontrou com ao menos 20 líderes autoritários ou ditadores desde o início de seu terceiro mandato, em janeiro de 2023. O levantamento tem como base a agenda oficial do presidente.

Entre os nomes mais frequentes estão o líder chinês Xi Jinping e o ditador cubano Miguel Díaz-Canel, com quem Lula realizou, juntos, ao menos sete encontros privados. Só em 2023, o presidente brasileiro se reuniu com Díaz-Canel em quatro ocasiões distintas. Já com Xi, foram ao menos três encontros bilaterais: dois durante viagens à China, em 2023 e 2025, e um durante a visita do líder chinês ao Brasil, em 2024.

Foto: Facebook/LulaPresidente da China, Xi Jinping e Lula no Palácio da Alvorada
Presidente da China, Xi Jinping e Lula no Palácio da Alvorada

Outros nomes da lista incluem o presidente russo, Vladimir Putin, e líderes de países da África e do Oriente Médio classificados como regimes autoritários. Ao todo, Lula manteve encontros com representantes de 19 países considerados não democráticos, segundo a edição mais recente do ranking de democracia elaborado pela The Economist, publicado em 2025 com dados referentes ao ano de 2024.

O índice, referência internacional no tema, avalia critérios como processo eleitoral, funcionamento do governo, participação política, cultura democrática e liberdades civis. Países como Etiópia e Haiti, embora não sejam formalmente ditaduras, foram incluídos por apresentarem características autocráticas em suas estruturas de poder.

O levantamento considerou apenas os compromissos bilaterais e privados realizados presencialmente, excluindo eventos multilaterais, como reuniões de cúpulas internacionais.

A agenda internacional de Lula com regimes autoritários tem gerado críticas de opositores, que apontam uma contradição entre sua retórica pró-democracia e as alianças políticas e diplomáticas mantidas ao longo do mandato. Já o Palácio do Planalto costuma argumentar que a política externa brasileira preza pela diplomacia com todos os países, independentemente de seus regimes políticos.

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