A Rússia rejeitou a proposta de trégua de 30 dias feita pela Ucrânia e por diversos líderes europeus. Em comunicado nesta segunda-feira (12), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o país considera “inissíveis” as ameaças de sanções caso o cessar-fogo não fosse declarado ainda neste dia.
Em coletiva de imprensa, ele afirmou que essa não é a primeira vez que os líderes europeus ameaçam Moscou. “A linguagem do ultimato é inissível. Não se pode falar com a Rússia nessa linguagem. Estamos determinados a buscar seriamente um caminho para uma solução duradoura e pacífica”, afirmou Peskov.

O porta-voz do Kremlin ainda relembrou a declaração do ditador russo Vladimir Putin nesse domingo (11), em que foi proposta à Ucrânia realizar negociações diretas em Istambul na próxima quinta-feira (15).
A Rússia sempre alegou que Kiev usaria uma trégua para se rearmar, considera a exigência por um cessar-fogo como uma condição. Sendo assim, a abordagem proposta “visa especificamente encontrar uma solução diplomática real para a crise ucraniana, eliminando as causas profundas do conflito e estabelecendo uma paz sólida”, citou Dmitry Peskov.
Ainda na coletiva de imprensa, ele citou que a proposta de Putin foi apoiada por “líderes de muitos países”, fazendo referência à China e Brasil, em que os chefes de Estado participaram das comemorações do 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, realizada no último dia 9.
Segundo Peskov, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky que apoiasse o convite feito por Putin.
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