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Mauro Cid mentiu e violou regras estabelecidas por Moraes, diz Veja

A informação foi divulgada pela revista Veja, que afirma ter tido o a mensagens trocadas por Cid.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, é acusado de mentir ao Supremo Tribunal Federal (STF) e descumprir ordens do ministro Alexandre de Moraes. A informação foi divulgada pela revista Veja, que afirma ter tido o a mensagens trocadas por Cid com um interlocutor ligado a Bolsonaro, através de um perfil no Instagram.

Cid firmou um acordo de delação premiada com a Justiça, no qual relatou à Polícia Federal (PF) um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de 2022. Em troca, ou a contar com benefícios legais condicionados à veracidade das informações prestadas.

Na última segunda-feira (9), o STF iniciou o interrogatório dos réus acusados de integrar o núcleo central da tentativa de golpe. Mauro Cid foi o primeiro a depor. Durante quase quatro horas, repetiu declarações já feitas à PF, mas, em vários momentos, limitou-se a dizer que “não se lembrava” ou “não se recordava”, demonstrando insegurança em algumas respostas.

Em uma das perguntas feitas pelo advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, o militar negou ter utilizado redes sociais durante o período em que estava proibido por decisão judicial. Ao ser questionado sobre o perfil @gabrielar702, hesitou: “Esse perfil, eu não sei se é da minha esposa”.

A defesa de Cid contestou as mensagens atribuídas a ele. Em nota, afirmou que as capturas de tela divulgadas pela Veja seriam uma “montagem”, alegando a ausência de data e horário nas imagens e afirmando que o conteúdo não condiz com o padrão de escrita de Cid.

O acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid proíbe mentiras, omissões e versões contraditórias. Caso os termos sejam violados, os benefícios concedidos podem ser cancelados.

De acordo com a reportagem da Veja, o perfil citado teria sido utilizado por Cid para manter conversas com aliados do ex-presidente. As mensagens indicariam que ele compartilhava, paralelamente, uma versão distinta da apresentada oficialmente à PF.

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