O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi interrogado nesta terça-feira (10), no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. Durante o depoimento, ele classificou os atos de 8 de janeiro de 2023 como uma “baderna” e negou qualquer envolvimento ou incentivo às manifestações.
“Não tem nada meu estimulando aquela baderna que nós repudiamos. Doutor Paulo Gonet, não procede que eu colaborei com o 8 de janeiro. Não tem nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos”, afirmou Bolsonaro ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Apesar da negativa de envolvimento, o ex-presidente tem defendido a anistia aos condenados pelos atos em Brasília. Ele voltou a comentar sobre sua condição de saúde na época, dizendo que “desde o dia 7 de janeiro estava ando mal, com obstrução intestinal”. Segundo Bolsonaro, ele já se encontrava nos Estados Unidos no dia das manifestações e afirmou que, mesmo debilitado, repudiou os acontecimentos.
A ação penal investiga uma organização criminosa que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), tinha como objetivo reverter o resultado eleitoral e manter Bolsonaro na Presidência da República. O ex-presidente integra o chamado “núcleo 1” da denúncia, apontado pela acusação como o grupo central da suposta trama golpista. Além dele, outros sete aliados também são réus no processo.
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